terça-feira, 24 de abril de 2007

Motoqueiros domésticos


A sensação de liberdade, o vento batendo na cara, as jaquetas de couro, o ronco do motor em duas rodas e... a crise de meia-idade com muito bom-humor. Tá afim? Suba então na garupa e vá até os cinemas curtir o longa "Motoqueiros Selvagens" (Wild Dogs). A parada é cômica, baby...

Dirigido por Walt Becker (O dono da festa, 2002), a comédia traz ainda protagonizando a gangue mansinha, os atores Tim Allen (Soltando os cachorros, 2006), Jonh Travolta (Be Cool, o outro nome do jogo, 2005), Martin Lawrence (Vovozona 2, 2006), e Willian H. Marcy (Obrigado por fumar, 2006), além de nomes conhecidos como Marisa Tomei (Baila Comigo, 2005), Peter Fonda (Motoqueiro Fantasma, 2007) e Ray Liotta (A última aposta, 2006).


O longa não fala de mitos da arte de conduzir uma motocicleta ou de filosofias de estrada. Mas, com certeza, rir será inevitável diante das situações atrapalhadas desses motoqueiros que de selvagens, só tem mesmo a pose de machões, durões bons de briga, que tentam ostentar, infelizmente, sem sucesso... Não intimidam nem um pouquinho assim, ó... A história começa com um grupo de amigos que não conseguem dizer asta la vista à glória dos tempos de muito antigamente, que persiste na motoca e nos encontros que realizam em bares decadentes de motoqueiros, a fim de conservar a velha irmandade.


Irmandade esta, formada por Doug (Allen), um dentista que sofre por não ser considerado um médico; o empresário Wood (Travolta), que foi à falência depois do divócio com uma ex-modelo; Boby (Lawrence), um escritor que desentope privadas, já que a inspiração não colabora muito com o ofício e Dudley (Marcy), o nerd analista de sistemas, sem nenhuma pegada para se aproximar das mulheres. Em meio a essas situações os amigos resolvem se jogar na estrada, sem celular, gps, gravata ou coisas do tipo, a fim de sentir mais uma vez a liberdade correndo em suas veias, adultocentes ávidos por aventuras e novas experiências, como toda crise de meia-idade acompanha. Chegando no Novo México, após vários acidentes de percurso, os mocinhos se deparam com uma gang de motoqueiros malvadões de verdade, os "Del Fuegos", liderada por Jack (Liotta) que aterrorizam uma pequena cidade de lá. Daí vocês já podem até imaginar... Muita confusão, baby...


"Motoqueiros Selvagens" é uma comédia leve, sem muitas pretenções, mas que diverte, faz rir como numa sessão matinê ou num filme que você assiste no sofá com a família. Longe de uma comédia pastelão, muito menos das últimas produções holliwoodianas do gênero que caem no besteirol, o filme brinca com questões cotidianas, sem estar fazendo analogias à um grupo de filmes de terror, últimas comédias românticas ou à adolescentes norte-amaricanos. Não é ainda drama, ação, policial ou romance com toques de humor. É simplesmente, comédia pura... Uh uh! Demorou... mas, enfim, uma comédia com história. Oh, yes, baby!


Onde assistir:


segunda-feira, 23 de abril de 2007

O Mágico de Oz



Um dos grandes clássicos da literatura infantil que brilhou nos palcos da Broadway ganha agora uma versão brasileira. O espetáculo Mágico de Oz desembarca em Salvador com mais de 200 profissionais, mais toneladas de cenários e equipamentos, muita pirotecnia e efeitos visuais deslumbrantes.


A obra de L. Frank Baum conta a história de uma menina chamada Doroty e seu cãozinho Totó, que são levados por um terrível ciclone até a Terra de Oz. Lá a garotinha e seu bichinho se juntam ao Espantalho sem cérebro, ao Lenhador de Lata e ao Leão Covarde e parte em busca de seus mais profundos desejos, em uma aventura cheia de magia.Os fogos, efeitos de luz, sons e cores encantam a platéia, que chega a sentir na pele os ventos do ciclone que leva Dorothy para Oz.


Os diálogos e a trilha sonora original da peça foram adaptados pelo músico Cláudio Botelho, com cuidados especiais com a dicção e com o trabalho de palco.Depois de Salvador a turnê do espetáculo passa pelas cidades de Goiânia, Brasília, Uberaba, Uberlândia, Juiz de Fora, Florianópolis e Curitiba.
Com certeza o espetáculo é um clássico que resiste ao tempo. Toda essa mega produção promete transportar a criançada para um mundo além do real, e por que não dizer um mundo Mágico. No entanto, é triste pensar que esse tipo de espetáculo não está acessível a boa parte dos baininhos e baininhas. Vejamos logo abaixo o motivo:

Local: Teatro Castro Alves
Preço(s): quarta e sexta: R$ 60,00 (filas A a Z8) e R$ 50,00 (filas Z9 a Z11); sábado e domingo: R$ 80,00 (filas A a Z8) e R$ 70,00 (filas Z9 a Z11). Acompanhante do menor tem 50% de desconto.
Data(s): 25 a 29 de abril.
Horário(s): quarta a sexta, 20h; sábado, 15h, 17h30 e 20h; domingo, 10h, 16h e 19h.
Observações: Classificação livre. Menores de 12 anos deverão estar acompanhados de seus responsáveis.

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Santaaaaaa Tartarugaaaaa!


Diretamente dos esgotos e bueiros nova-iorquinos, as Tartarugas Ninja saíram de seu esconderijo mais uma vez, onze anos depois. Como toda saga heroíca que acaba numa trilogia, principalmente no que diz respeito a trasposição dos HQs para as telonas, Leonardo, Rafael, Donatello e Michelangelo estão de volta, em "As Tartarugas Ninja - o retorno", para a alegria dos saudosistas animados e afim de conquistar novas gerações de público.

Quem viveu boa parte da infância no inicio dos anos noventa, acompanhando as aventuras das tartarugas mais descoladas das manhãs da Globo, sabe muito bem do que eu estou falando. A história criada pelos desenhistas de quadrinhos Peter Laird e Kevin Eastman logo invadiu a tv, e, em 1990 chegou aos cinemas com "As Tartarugas Ninja", seguido pela "As Tartarugas Ninja II - O segredo do ooze" (1991) e "As Tartarugas Ninja III" (1993).

Na nova aventura, as tartarugas estão separadas, já que Leonardo foi mandando por Mestre Splinter à uma missão bem no meio da América Central, a fim de torná-lo cada vez mais, um líder melhor. Seus irmãos se viram como podem: Michelangelo agora é animador de festas infantis, enquanto Donatello se joga no ramo do telemarketing. Rafael, dorme o dia todo e à noite tenta reviver os momentos de glória das tartarugas através do disfarce justiceiro de "Vigilante da Noite". Paralelo à isso, um rico empresário interessado em esculturas mitológicas, movido por uma maldição antiga, que o aprisiona a milhares de anos, mais treze bestas, um clã de samurais e quatro generais de pedra, garantem que os Tartarugas Ninja se unam novamente e voltem a rotina de combate ao crime, saindo do bueiro e detonando os inimigos com sua arte ninja.

Sempre com muita pizza, ação, bom-humor e lições de companheirismo e valorização da família, a história pode parecer apenas mais uma das aventuras das TMNT, mas no retorno, não foram só as tartarugas que sofreram mutações, ao se tornarem bonecos de animação digital no novo movie. Até mesmo algumas figurinhas clássicas e já conhecidas do desenho passaram por mudanças. Personagens conhecidos pela galera que já curtiu o quarteto, como a reportér do canal 6, April O'Nell, que já foi assistente de cientista nos quadrinhos e repórter do Canal 3 nos filmes, agora passa a ser uma arqueóloga em busca de antiguidades. De mocinha defendida pelas turtles, April ultimamente, está manjando muito de artes marciais. Chega de "Socorro rapazes"... Ela se vira sozinha. Então, não brinque com a menina.

O filme é legal e cheio de sacadas morais, principalmente no que diz respeito a relação entre Rafael e Leonardo. Pena, que falta um ritmo, um som que identifique os Tartarugas, balace os cascos, algo que a trilha deixa a desejar, mas que no entanto sempre foi uma marca do seriado e até mesmo dos filmes que antecem este. Afinal, quem não lembra das Tartarugas arrasando numa festa e lutando ao mesmo tempo, enquanto o público gritava eletricamente: "vão ninjas, vão ninjas vão..."? É... tem que rolar um sonzinho para movimentar a película e a moçada. Outra mudança: as tartarugas parecem estar mais sérias, algo que se percebe, por exemplo, no fato de Michelangelo carregar praticamente sozinho o núcleo cômico do filme. Vai ver, que assim como as crianças e adolescentes que assistiam aos desenhos, elas também cresceram um pouquinho.

O longa diverte, prende a atenção pela qualidade técnica e gráfica, no entanto, não vá ao cinema esperando um retorno triunfal das tartarugas. A volta do Destruidor e do Krang (aquele extra-terrestre mesmo com cara de chiclete) ainda não foi dessa vez, algo que particularmente, ia cair muito bem, afinal, vilão que é vilão nunca morre de verdade... Vira e mexe ele reaparece com aquela velha vontade de dominar o mundo. E se os capangas Beebop e Rocksteady vinhessem juntos então... Ia ser uma beleza! Para quem teve infância é sempre bom rever aqueles que foram alguns dos heróis que a gente mais curtia. Nostalgia à parte, vale a pena conferir as tartarugas de novo no cinema apesar das mudanças. Pelo ou menos, elas continuam mutantes e ninjas...
Onde assistir (cópias dubladas):
UCI Shopping Aeroclube - Sala 2
14:00; 16:00; 18:00
Multiplex Iguatemi - Sala 8
13:15; 15:15; 17: 15
Shopping Barra - Barra 2
13:00; 14:55; 16:50

terça-feira, 17 de abril de 2007

Estranha, mas nem tão perfeita assim


Quantas pessoas diferentes podemos ser ao mesmo tempo, afinal? A vida dupla com um toque de sedução, fetiches, diálogos on-line de conteúdo proibido para menores, com doses significativas de erotismo pode ser visto em "A estranha perfeita" (Perfect Stranger), de James Foley, que já dirigiu a pop star Madonna na comédia "Quem é essa garota?" (Who's that girl?, 1987), aquela mesmo em que a cantora faz o estilo maluquinha e selvagem e conquista um advogado quadradão prestes a se casar. Com certeza você já deve ter assistido as inúmeras reprises na Sessão da Tarde (Rede Globo).

O filme segue a linha do suspense, com um tom drámatico, em que a jornalista investigativa Rowena Price, vivida por Halle Berry (X-Man - O confronto Final, 2006) após o assassinato de uma amiga, resolve se infiltrar no mundo digital do sexo e suas relações virtuais, a fim de estabecer ligações entre o crime e o esquema. Com a ajuda de seu parceiro e amigo Miles (Giovanni Ribisi), que cultiva ainda, uma espécie de paixão não-correspondida por ela, Rowena se joga numa teia improvável e até mesmo, surpreendente, que envolve também, um dos mais famosos publicitários nova-iorquinos, Harrison Hill, a quem Bruce Willis (Xeque-Mate, 2006) empresta seu charme cinquentão.

E por falar na dupla, não posso negar, que há uma certa química entre eles, apesar da atuação razoável. Ela, várias mulheres dentro de uma mesma, entre Veronica (a assanhada da web), Katherine Poe (a temporária que trabalha na agência) e a própria Rowena, sexy, decidida e manipuladora, porém pertubada por lembranças e rancores do passado. Berry dá até uma levantada na carreira saindo da mesmice de personagens como a heroína mutante Tempestade, mas não chega a Leticia Musgrove, atuação que lhe rendeu o Oscar em 2002, em "A Última Ceia". Talvez estranha, mas não perfeita. Já Bruce, faz um chefão poderoso, de aliança no dedo, no entanto, exímio pegador de funcionárias dos mais diversos setores. Ponto para a elegância de Bruce Willis, que contrasta com a figura de machão bem-dotado, apesar da sua aparição meio morna, comparado a outros personagens que já desempenhou por aí.

Será que a perfeição e a estranheza está em se conviver com várias faces dentro de você? Quem sabe... O filme até põe em discussão esses lados de uma mesma pessoa, colocando, principalmente, a Internet como um local propício a essa diversidade de personalidades, em que você pode ser quem quiser, mas se perde ao tentar ligar isso não apenas a interesses ou situações, mas também a traumas marcantes. Muita justificativa para pouco filme. Se ficasse apenas no âmbito do ciberespaço mesmo, talvez o resultado fosse melhor. São esses flashes em forma de traumas mal-resolvidos que até que tentam dar uns sustinhos... Pena que, sem sucesso. Continue comendo sua pipoca, você nem corre o risco de engasgar. É um suspense, mas que não assusta. Pode?

"A estranha perfeita" seduz pelo pôster, mas não conquista pelo filme. De vítima desprotegida Halle Berry não tem nada, assim como Bruce Willis passa longe de um ninfomaníaco sexualmente pevertido. O eixo do conflito vai se perdendo no decorrer do longa, onde todo mundo é suspeito, ninguém é culpado. Detalhe para o epílogo: o desfecho desconstrói a narrativa de tal maneira, que você se pergunta: porque que eu assisti aquilo então? a reviravolta arrasa em dez minutos aquela uma hora e meia que você acabou de assistir. A intenção é boa, mas o desencadeamento da trama é falho. Não há uma trama inteligente ou logicamente viável.

Ele até tenta forçar esse quebra-cabeça, mas... Tamanho é o embaraço que se faz quanto as causas e a maneira como o crime fora premeditado e posto em prática, que o triller torna-se lento, massante. Sabe quando você cria aquela expectativa e na hora de mostrar serviço, não cumpre o que promete? Pois então... a idéia é mais ou menos essa. Porém, não saia do cinema antes do final, por favor. Não chega a ser perfeito, mas pra quem já ficou esse tempo todo aí esperando um clímax fervoroso, não custa nada esperar mais um pouquinho...


Onde assistir:
UCI Shopping Aeroclube - Sala 8 ( 291 lugares) 15:40; 19:10; 22:00

A morte do Zé do Caixão




Um dos maiores cineastas brasileiros está de volta! José Mojica Marins, 70 anos, acaba de filmar o final da trilogia do seu mais famoso personagem, Zé do Caixão, iniciada em 1964 com “À Meia-Noite Levarei sua Alma”, e em 1967, com "Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver". O novo filme, "A Encarnação do Demônio" segue a busca de Zé do Caixão em conceber um filho com a mulher perfeita. As filmagens terminaram em 20 de dezembro e o lançamento está previsto para agosto.
Considerado um dos cineastas mais originais e talentosos do Brasil, Mojica, porém sempre foi muito perseguido (principalmente na época da ditadura militar) e incompreendido. Cerca de 20 anos longe das câmeras por não encontrar produtores interessados, José Mojica acabou encontrando apoio do produtor Paulo Sacramento (“Amarelo Manga") e do diretor independente Dennison Ramalho.

Foram seis anos de trabalho. Neste período, Ramalho reescreveu o roteiro com Mojica e Sacramento foi atrás do dinheiro (conseguiu cerca de R$ 2 milhões) para iniciar o novo filme, em sociedade com a Gullane Filmes. Além destes parceiros, a fita conta com a participação de Zé Celso, Jece Valadão (que morreu no meio das filmagens) e figurinos do estilista Alexandre Herchcovitch.

Mojica conta que nestes 40 anos de experiência cinematográfica muita coisa mudou. O jeito de filmar mudou, a tecnologia transformou as câmeras, e Mojica viu-se com uma equipe de 70 pessoas, quando nunca havia usado mais de 15. Além disso, o cineasta se deparou com outros detalhes. "Hoje em dia, para filmar uma aranha é preciso ter certificado do Ibama", espanta-se.

Mas com o apoio recebido e a sede de voltar a fazer cinema, Mojica filmou como nunca havia filmado, informam os que já puderam conferir o novo trabalho. A essência de Mojica está lá. “A Encarnação do Demônio" tem cenas de arrepiar, nunca vistas no cinema brasileiro. Mojica descreve seu novo filme como um "festival de sadismo", com uma cena de impacto a cada dez minutos.

Uma das cenas mais impressionantes do filme, em que uma mulher é jogada no meio de três mil baratas, correu o risco de ser cortada. Nenhuma das atrizes se dispôs a fazer a cena, até que apareceu Leny Arc, uma atriz iniciante de 24 anos, que topou o desafio. Para completar, a equipe técnica também fez exigências para trabalhar: apareceu com roupa de escafandrista e botas de cano alto.

Sacramento, o produtor, também apostou alto no filme de olho no mercado americano. Esquecido e pouco valorizado no Brasil, Zé do Caixão foi “descoberto” e lançado a ícone nos EUA, onde foi introduzido como Coffin Joe pela Something Weird, uma distribuidora de filmes alternativos. Lá (e em outros países) ele é reverenciado como um mestre do cinema trash. Enquanto isso, no Brasil...

Saiba mais sobre José Mojica Marins e seus filmes no site oficial: www2.uol.com.br/zedocaixao/

segunda-feira, 16 de abril de 2007

Os filhos da Chiquita Bacana


O espetáculo os Filhos da Filha de Chiquita Bacana é antes de tudo bem humorado. A montagem ilustra bem a Bahia, um pedaço de terra tão diferente de todos os outros, com sua história, problemas e multiplicidade. A peça tem atuação de Rita Assemany, acompanhada dos músicos Leonardo Bittencourt e Marcos Marinho, com roteiro de Aninha Franco e Marcos Dias. A direção musical fica por conta de Jarbas Bittencourt e o figurino por Miro Paternostro. A direção é da própria Rita Assemany e de João Sanches. O nome é uma referência bem-humorada à marchinha “Chiquita Bacana”, de Braguinha, e “A filha da Chiquita Bacana”, de Caetano Veloso.

Os Filhos da Filha da Chiquita Bacana mistura fragmentos de textos e músicas de grandes autores e compositores da Bahia, a exemplo de Jorge Amado, Dorival Caymmi, Wally Salomão e Carlinhos Brown, que, de uma forma ou de outra, cantam a Bahia, sua diversidade, suas belezas, seu povo e suas dificuldades.
Onde: Teatro XVIII (Rua Frei Vicente, n° 18 - Pelourinho)
Horário: 20 h
Ingressos: R$ 4,00 (preço único)
Mais informações: (71) 322-0018


sexta-feira, 13 de abril de 2007

25 Anos de Ratos


Apontada como a banda de hardcore mais antiga do mundo, a Ratos de Porão está comemorando um quarto de século de atividade ininterrupta. Parte das comemorações será em Salvador no próximo dia 15, a partir das 17 horas, no Rock In Rio Café (Aeroclube Plaza Show), quando a Abasin – Associação de Selos – promove o show “25 Anos de Ratos”. A festa contará ainda com a participação das bandas baianas Cobalto, que faz muito sucesso dentro do estilo metal, e Lumpen que faz hardcore misturado com metal.

Depois de dois anos sem se apresentar em Salvador, o Ratos de Porão vem com a turnê “25 anos de Ratos”, em promoção do álbum “Homem Inimigo do Homem”, lançado em 2006. O repertório do show da banda, que tem como vocalista João Gordo (também conhecido pelos programas da MTV), inclui ainda sucessos antigos, desde o início da carreira. As comemorações também incluem os 20 anos do segundo álbum da banda, “Descanse em Paz”, primeiro lançamento brasileiro a derrubar o muro entre punk e metal. O disco introduziu no país o gênero conhecido como “crossover”, que se tornaria marca registrada do Ratos de Porão e é o eixo do novo trabalho. “Homem Inimigo do Homem” mistura riffs de thrash metal oitentista com os mais furiosos elementos dos trinta anos do punk.


Este será o primeiro show do Cobalto com o novo vocalista, Viktor Lemoz. A banda tocará músicas dos álbuns, "Elemental" e "Metamorphic", este que deverá sair em junho no Brasil pelo selo Torto Fono Gramas. A banda de metal Cobalto surgiu em 2001 e com poucos anos de existência já se apresentou ao lado de algumas das mais conhecidas bandas do cenário brasileiro, como Shaman, Ragnarok, e Dead Fish. O álbum 'Elemental' rendeu uma turnê pela Europa, passando por Bélgica e Finlândia, país que originou grandes bandas do metal como Children of Bodom, Him e Nightwish. A boa receptividade do público europeu levou a banda ao festival Master of Rock 2006, um dos maiores festivais do metal europeu, que contou com a participação de bandas como Kreator, Halloween, Apocalyptica entre outros nomes do metal mundial.

Fazendo hardcore misturado com metal, a banda Lumpen está em turnê do seu primeiro registro “Pelo bem da humanidade diga não à paz”, lançado pelo selo baiano Estopim. O disco traz dez músicas que retratam bem o conceito da banda que procura questionar os valores, regras, atitudes da sociedade, abordando uma série de temas, individuais e coletivos.

Os ingressos na hora serão vendidos por R$ 20 (camarote por R$ 25), mas podem ser comprados antecipadamente por R$ 15 nas lojas Andarilho Urbano, PIDA, Rock Store, Smile Stamps e Maniac Records. Mais informações: (71) 3354-1735 e http://www.abasin.com.br/.

Domingo tem circo?



Tem sim senhor......

Pois é no próximo domingo dia 15 de abril às 10h vai acontecer a segunda edição do programa Domingo no TCA, tendo como atração o circo Picolino.

A intenção do programa é transformar o teatro num grande picadeiro com muita apresentação das artes circenses, terá muita acrobacia, colocando em prática tudo que os artistas do circo aprenderam...

Toda essa acrobacia foi uma das formas entre outras de comemorar os 40 anos de inauguração do TCA e incluir a comunidade ao contexto do Teatro.

Todas as pessoas terão acesso já que a entrada vai custar apenas R$ 1,00. É um espetáculo do diretor Anselmo Serrat que leva o nome "cenascotidianas@circ.pic" retratando o cotidiano de uma escola de circo nas grandes cidades, os artistas vão dançar, cantar, interpretar e é claro aprontar muito com o público...

Então tá esperando o quê? Pegue sua pipoca, seu algodão doce, sua maçã do amor e a sua roupa domingueira e participe dessa grande diversão, quem sabe você não sobe no picadeiro...

TCA (sala principal)

R$ 1,00 (preço único)

Circo Picolino

Domingo 15/04 10h da manhã

quinta-feira, 12 de abril de 2007

O grande furo de Wood Allen


Ainda dá tempo de assistir a um filme bacana e de quebra, curtir o pôr-do-sol mais lindo de Salvador. Baita dica, hein? O filme "Scoop - o grande furo" (Scoop), com roteiro e direção da caixinha de surpresas ambulante, Wood Allen está em cartaz na Sala de Arte do MAM, localizada naquele marzão da Avenida Contorno, com sessões às 19 horas.

Um furo de deixar qualquer jornalista louco... Um aristocrata inglês divinamente lindo... Um mágico com cara e jeito de Wood Allen... Uma lenda da reportagem levada pela morte... Cartas de tarô... Uma estudante de jornalismo e... Muita confusão, descoberta, reviravolta e coisas do tipo, como já é da natureza de todo furo de reportagem. Em Scoop, assim como a notícia é algo inesperado, momentâneo e até supreendente, a história segue o ritmo do inusitado, ao envolver em um mesmo enredo um repórter morto, um serial killer, um mágico com uma carta escondida na manga e uma inesperiente aspirante à jornalista.

Tudo começa em um show de mágica, quando Sondra (Scarlett Johansson) é tirada da platéia por Sidney, ou melhor, o grande Splendini, o irreverente mágico vivido por Allen, para um número espetacular de desmaterialização numa caixa de madeira. Surreal, não? Tem mais... Desmaterialização de fato, não houve como era de se esperar, mas Sondra acaba entrando num transe mediúnico com a alma do repórter Joe Strombel (Ian McShane), que por um descuido da morte acabou dando uma fugidinha da barca do inferno, ao descobrir que o filhinho de papai, Peter Lyman (Hugh Jackman) era o terrível assassino do tarô.

E aí que Sodra e Sidney, que só acredita mesmo na história quando vê o fantasma de perto, resolvem investir numa apuração que comprove a informação trazida diretamente do outro lado de lá. Perseguições às escondidas, disfarces, investidas e um pouco de mágica para entreter e distrair a atenção da aristocracia em suas festinhas nos grandes e belos jardins palacianos ingleses. O mundinho elitista, bem como suas manias, rotinas e modos, são satirizadoros com leveza, sem deixar de ser no entanto, criticado em diálogos e passagens inteligentes, em que rir é consequência.

Como tudo que é cômico, pode ser também trágico, idéia que Allen já demonstrara em Melinda e Melinda (2004), as pistas que levavam até o furo eram cada vez eram mais denunciadoras, porém, Sondra acaba se apaixonando pelo Mauricinho. Essa é para os jornalistas... De fato, a objetividade e a imparcialidade são mesmo mitos. Como o amor é algo que cega de vez em quando (quem já experimentou, conhece) o mágico é quem acaba correndo atrás da notícia e de provas que possam comprovar o furo do além. Quebra-cabeça muito bem construído pelo diretor e melhor ainda posto em prática pelo lado ator de Allen.

Apesar de ser meio difícil imaginar Scarlett Johansson fazendo o papel de uma foquinha de redação, de óculos e roupas folgadas, sem aquele sex appel, que geralmente é explorado por Hollywood, em Scoop ela convence como mocinha, mostrando que nem só de formas vive o cinema. De Wolverine à almofadinha, Hugh Jackman realmente me surpreendeu sem aquela pegada e as costeletas que são peculiares ao X-Men, mostrando um “bom moço” (até que se prove o contrário, é claro), romântico, sensível e delicado... Um verdadeiro gentleman, diga-se de passagem, digno de suspiros. Mais uma surpresa da cartola de Allen.

O bom velhinho, com cara e jeito de maluquinho que exerga por trás do clássico óculos fundo de garrafa, segue em suas películas, quase sempre ligadas a questões que envolvem costumes e relações das mais diversas, a infinidade de possibilidades de se explorar uma história. Você pode até imaginar como aquilo pode terminar, mas, sinto muito, com certeza seu palpite vai falhar. Assim como um furo de reportagem, cada desfecho de Wood Allen, surpreende. Fórmula que fez de Match Point (2005) produção anterior à Scoop, um show de cinema à parte do diretor (ah, vale como dica também!). Instigante, criativo, divertido. "Scoop - o grande furo" merece mesmo ser manchete. O topo da página hoje é todo seu.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Realidade trágica ou fantasia triste


Para quem ainda não viu ou para quem já viu e adorou, a dica é assistir ao imperdível “O Labirinto do Fauno” que ainda está em cartaz na cidade (Sala de Arte – Aliança Francesa, 13h30, 16 anos). Vencedor de três Oscars, nas categorias de Melhor Direção de Arte, Melhor Fotografia e Melhor Maquiagem, o filme foi ainda indicado nas categorias de Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Roteiro Original e Melhor Trilha Sonora.

Dirigido por Guillermo Del Toro (“Hellboy”), “O Labirinto do Fauno” é um dos filmes mais interessantes (e bonitos) de 2006. A história se passa durante a Guerra Civil Espanhola, em 1944, e envolve uma criança bastante solitária. Ofelia (Ivana Baquero), de 10 anos, muda-se para uma região ao norte de Navarra com sua mãe, Carmen (Ariadna Gil), que acaba de se casar com um oficial fascista (Sergi López) que luta contra os guerrilheiros da localidade.

Durante seus passeios solitários pelo jardim de onde moram, a menina, que adora contos de fadas, descobre um labirinto que dá vazão para que todo um mundo de fantasias se abra. No centro do labirinto, ela conhece o fauno (Doug Jones) que a reconhece como herdeira do trono do Mundo Subterrâneo, desafiando-a a realizar três perigosas tarefas que, se cumpridas, comprovarão sua identidade. A partir disso, fantasia e realidade se misturam, trazendo conseqüências, inclusive, para todos.

Lírico, belo, triste, revelador, “O Labirinto do Fauno (“El Labirinto del Fauno”, no original) é a história contada através do olhar dessa solitária menina e sua maneira de fugir dos horrores da guerra. Toda a fantasia da menina é permeada pela realidade dura da guerra e, principalmente, pela frieza do vilão interpretado de forma extraordinária por Sérgi López.

Ao lado de interpretações magistrais, como é o caso também da menina Ivana Baquero, a fotografia de Guillermo Navarro constrói um mundo sombrio, triste e assustador para ajudar a contar a história. A maquiagem concebida por José Quetglás também é um ponto forte, pois ajuda a dar vida a criaturas imaginativas e perturbadoras, como é o caso do ser que, para enxergar, precisa colocar as mãos abertas na frente da face, pois seus olhos estão em suas palmas.

Triste, mas belo dentro de sua proposta, “O Labirinto do Fauno” é um filme que faz as pessoas refletirem sobre o que acabaram de assistir. Seja pelo trágico da realidade ou pela tristeza da fantasia, o filme é daqueles que marcam e podem (devem!) entrar para as listas dos melhores de todos os tempos.

Boas idéias, muita imaginação e um pouco de ciência


Vamos lá... Pegue um garotinho inteligente, incompreendido, porém com um coração deste tamanho, que está sempre à procura de alguma coisa. Misture a um vilão bobão, fã do meu querido poney, que acha que faz o mal, mas na verdade, se fazer rir é uma malvadeza, certamente, ele precisa rever seus conceitos. Daí em diante junte um carinha que se acha o tal e só se mete em confusão. Some ainda, à uma família pra lá de diferente, porém... Sempre família. O resultado de tudo isso, à moda Disney é "A Família do Futuro" (Meet the Robinsons), animação dirigida por Steve Anderson, que mostra que mesmo sem a parceria com os Estúdios da Pixar, iniciada com "Toy Story"(1995) e freada em "Carros"(2006), a Walt Disney vai muito bem, obrigado.


Era uma vez, um menino ófão de 12 anos, que ninguém queria adotar, justamente pela fetilidade científica de suas idéias, como todo prótotipo de Einstein que se preze. Louis, sempre tinha em mente a criação de invenções que melhorassem a vida das pessoas, até mesmo para coisas cotidianas, como passar geléia e pasta de amendoim nas torradas, sem que fosse preciso sujar as mãos.

Num futuro não muito distante, uma máquina do tempo é roubada pelo Bandido do Chapéu de Coco, que o traz até os dias de hoje para estragar a Feira de Ciências e roubar a mais importante invenção de Louis, uma espécie de máquina que relembra os fatos marcantes de nossa vida, algo que ele tinha feito para que pudesse lembrar de sua mãe e poder encontrá-la. Explosões à parte como é suscepitível à toda experiência científica, eis que surge Wilbur, o garoto do futuro disposto a recuperar a máquina do tempo, uma invenção de seu pai, que por descuido do garoto pós-moderninho foi parar nas mãos erradas.

Ufa! no meio disso tudo, Louis acaba sendo levado para o futuro e se depara com um robô que fala demais, um tiranossauro Rex (é no futuro, mesmo... foi parar lá num acidente temporal... ele disse ao chefe que não era uma boa idéia, mas...), um chapéu auto-suficiente que quer dominar o mundo, um vovô que nunca sabe onde deixou a dentadura, sapos cantores, bem vestidos e charmosos, além de um tio entregador de pizzas que é o verdadeiro super-herói. Tudo é possível por lá. Muita aventura num único filme, em que a história só disputa mesmo sua atenção com o saco de pipoca.

Falar da qualidade da animação, pode parecer meio clichê, já que a Walt Disney a cada nova produção mostra porque o mundo de encanto e magia, que fez a cabeça de gerações e mais gerações (inclusive a minha), ainda continua caindo no gosto da garotada. O longa é pura animação mesmo, fazendo jus a sua condição técnica. Por falar no público infantil, não é de hoje que as animações são pensadas não somente para os pequenos, mas também para aquela figura que os acompanham até os cinemas. Diga-se de passagem, que é justamente para essas pessoas, que se volta a mensagem do filme.

Virtudes como valorizar a família, as promessas, a amizade e o bem-estar de todos, em busca de um futuro melhor, se vestem de desenho animado, para mostrar da maneira mais simples, que o mundo precisa é de muita imaginação, um pouco de ciência e uma dose significativa de persistência, afinal, é preciso seguir em frente. Não basta ter o domínio da tecnologia, sem que essa seja usada o para o bem. Você lembra do menino criativo e inteligente? Pois é... Foi ele mesmo, que com suas idéias e tentativas deram origem mais tarde, ao futuro que estamos falando, onde o que vale de verdade é usar a caixola por um mundo melhor.

Onde assistir:


UCI Shopping Aeroclube - Sala 7
14:10; 16:20; 18:30; 20:40

Center Lapa - Lapa 2
12:00; 14:05; 16:10; 18:15; 20:20

Multiplex Iguatemi - Sala 4
14:35; 16:40; 18:45; 20:50

segunda-feira, 9 de abril de 2007

7 conto!



A montagem teatral “ 7 conto” é uma comédia com texto e atuação do ator e bailarino Luiz Miranda (o Moreno do seriado "Sob Nova Direção", da Rede Globo). Um espetáculo que de maneira crítica e bem humorada trata de questões como exclusão social, racismo, e insensibilidade das classes altas.

O ator aponta as diferenças gritantes existentes no Brasil através de sete personagens completamente diferenciados. Caroline, uma criança negra que não se identifica com os personagens de Walt Disney, Dona Edite, a líder comunitária que ensina como educar os filhos na favela, Queixada, um guardador de carro alcoólatra, Detona, um apresentador de um programa de tv para milionários que defende as classes mais privilegiadas, que busca resolver os problemas da elite e as denúncias da alta sociedade, Mc Dollar, um rapper rico que só usa grifes, Sheila, uma milionária fútil e dona Arminda. Na minha opinião essa é a personagem que consegue arrancar gargalhadas até mesmo daquele espectador mais tímido, uma figura dramática que mostra o dia a dia de uma idosa que tem dificuldades em receber a aposentadoria no banco.


Apesar de tratar-se de um besteirol crítico, como afirmou o ator, a peça retrata coisas simples do nosso dia a dia como ir ao banco, cuidar dos filhos, ou a vida de pessoas que não têm o que comer mas têm uma tv em casa e também fala dos milionários. Sem dúvida, a montagem vale a pena ser vista. O talento do humorista Luís Miranda faz o público se identificar e se divertir com seus personagens, não é a toa que há quase um ano as sessões estão sempre lotadas no teatro Jorge Amado. Por tanto, vá ao teatro e se divirta!

Local: Teatro Jorge Amado / Sáb e Dom

Endereço: Av. Manoel Dias, 2177

Horário: 20h

Ingressos (à venda no local): R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia)

Mais Informações: (71) 3355-8620

Temporada até dia 29 de abril

sábado, 7 de abril de 2007

Religiosidade e muito chocolate

Domingo de Ramos abre as celebrações da Semana Santa. Elas se constituem na manifestação mais intensa de fé cristã de nosso povo. Como encontrar Deus nesta Semana Santa? Santo Inácio dizia que “é preciso encontrar Deus em todas as coisas, amá-lo em todas as coisas e amar todas as coisas em Deus”.
A Semana Santa é a Semana das Semanas! Neste tempo, vivemos a intensidade do Mistério Pascal, que é constituído pela Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. É certo que a cada Domingo, nós revivemos e celebramos este Mistério. Mas, todo o ano decorre desta Semana Santa. O Tríduo Pascal é uma Fonte da graça de Deus. Nesta Semana, o nosso coração é alimentado pela força do Amor de Deus.O Sábado Santo é precedido pelo Domingo de Ramos, onde acompanhamos Jesus no Triunfo e na Paixão. Jesus é acolhido em Jerusalém como um Rei, com hinos, ramos nas mãos, roupas jogadas pelo chão, por onde Ele ia passando e com muita euforia. E na mesma liturgia é narrada a Paixão do Senhor. O Triunfo e a Paixão de Jesus nos faz pensar nos nossos altos e baixos ao longo da nossa vida. Em Jesus, encontramos sabedoria e discernimento para louvarmos a Deus nas conquistas e confiarmos Nele nas horas amargas!
Nem só no Natal existe magia. A Páscoa é uma das datas comemorativas mais aguardadas pelas crianças, que têm nela a oportunidade de entregar-se às “chocodelícias”, geralmente sem muitos limites. Em casa, muitos pais se esforçam em manter viva a tradição de dar e receber ovos de chocolate e a fantasia sobre a existência do branquinho, peludo e barrigudo Coelhinho da Páscoa. Nas escolas, a questão é tratada de forma didática, sem abrir mão da explicação religiosa. Ressaltando que a Páscoa é a ressurreição de Jesus, ovo quer dizer vida e o coelho é o símbolo porque pode ter um monte de "filhotinhos”.

sexta-feira, 6 de abril de 2007

O dia em que Esparta entrou para história


Se você é do tipo que se contenta com boas imagens de lutas sangrentas e corpos esculturais dignos de causar inveja aos ociosos de plantão, não deixe de assistir 300, que chegou aos cinemas na última semana. O filme conta história da Batalha das Termópilas, em 480 a.C., quando o Rei Leônidas – interpretado pelo ator gerar Butler – reúne seus 300 melhores guerreiros e parte para o confronto até a morte contra Xerxes, o vilão incorporado pelo brasileiro Rodrigo Santoro.

A produção traz uma seqüência incrível de batalhas, com direito a golpes em câmera lenta e lutas que mais parecem um balé coreografado entre os oponentes. No entanto, deixa a desejar em contextualização histórica e se torna superficial diante de tantos recursos virtuais.

Assim que os caracteres começam a subir na telona tem-se a sensação de algo ficou por dizer. Mas, afinal, quem foram os espartanos? Qual era o objetivo para se ter tanto sangue derramado?

Outro ponto negativo é a falta de realidade nos cenários. 300 tenta inovar e traz ambientes criado em 3D, quando apenas uma cena foi gravada em ambientes reais. A tonalidade cinza predomina, com imagens computadorizadas que até causam o êxtase visual, mas não convencem sobre a realidade do que aconteceu, de fato, com a sociedade conhecido por ter sido uma das mais guerreiras de todos os tempos, na qual as crianças eram sacrificadas se apresentassem o menor sinal de deficiência ou fraqueza.

Em verdade, seria preciso mais talento do diretor Andrew Tiernam para fazer com que o telespectador compreendesse que a guerra entre os 300 espartanos e o poderoso Xerxes culminou com o avanço do exército grego contra os persas, se configurando como um dos aspectos históricos presentes na sociedade que abriu portas à democracia.

Ainda assim, 300 e uma boa opção para quem aprecia as obras da sétima arte que capricham nos efeitos – e defeitos – especiais. O diretor é o mesmo do filme de terror Madrugada dos Mortos (2004), que, por sinal, é outro que traz muita produção e pouco enredo.

Vale também a pena observar a atuação do ator brasileiro Rodrigo Santoro, que comprova ter caído nas graças dos produtores internacionais. Santoro aparece totalmente transformado como o vilão Xerxes, tendo sua voz alterada por computador e um visual que inclui 18 piercings. Melhor ainda é a interpretação de Gerard Butler como Rei Leônidas. Apesar de pouco conhecido no mercado brasileiro, o rapaz comprova porque tem tido seu trabalho reconhecido no mercado norte-americano. Butler mantém a postura firme e convence ao berrar de forma enfática diante do seu exército que os nascidos naquela sociedade tão violenta não podem temer a guerra.




UCI Shopping Aeroclube - Sala 8 ( 291 lugares)
12:40; 15:10; 19:20; 21:50

Shopping Barra - Barra 2 ( 301 lugares)
13:30; 15:55; 18:20; 20:45

Center Lapa - Lapa 1 ( 212 lugares)
13:15; 15:40; 18:05; 20:30

Multiplex Iguatemi - Sala 5 ( 236 lugares)
15:20; 17:45; 20:10; 22:30

Multiplex Iguatemi - Sala 10 ( 278 lugares)
11:20; 13:45; 16:10; 18:35; 21:00; 23:20

Multiplex Iguatemi - Sala 3 ( 262 lugares)
12:10; 14:35; 17:00; 19:25; 21:50; 00:10

Três bandas, três estilos, uma festa


A cena underground de Salvador, formada principalmente por shows de rock (já que a cidade teima em não dar espaço para este estilo musical), será movimentada na próxima semana com uma festa promovida pelo selo independente goiano Monstro Discos. Na quinta-feira, dia 12, às 22 horas, a festa “Noitada Monstro!!!” vai reunir as bandas Mechanics (GO), Cascadura (BA) e Sangria (BA) na Zauber Multicultura (Ladeira da Misericórdia, atrás da Prefeitura). Ingresso: R$ 10,00.

Os goianos do Mechanics (foto) buscam inspiração em histórias em quadrinhos, sub literatura, pop art e cinema vagabundo para fazer um rock explosivo. Uma das bandas mais respeitadas do cenário underground nacional, o Mechanics faz um som de garagem e já tocou com outras bandas respeitadas dentro do estilo, como Mudhoney, Nebula, Superchuck, Seaweed, Guitar Wolf. Lançaram um compacto em vinil azul pela Monstro Discos, o CD “Psycho Love”, e um EP com o maior hit da banda, “Formigas Comem Porra”, e covers de T-Rex e David Bowie.

Duas bandas de Salvador completam a noite ao lado do Mechanics: Cascadura e Sangria. A primeira é um dos grupos mais tradicionais e respeitados do rock baiano, e faz um som que reúne o southern rock de Lynyrd Skynyrd e Allman Brothers com os hards Thin Lizzy, por exemplo. O Cascadura foi formado em 1992 por Fábio Cascadura (guitarra e vocal) e já lançou três discos, sendo o terceiro deles pela Monstro Discos. Este disco, “Vivendo em Grande Estilo”, mantém a pegada hard rock dos primeiros trabalhos, mas acrescenta também elementos indie, além de trazer novas influências de bandas alternativas como Teenage Fanclub e Cosmic Rough Riders. O último CD da banda, “Bogary”, mantém a aura de obra-prima, com belas melodias e letras, provando que o Cascadura é uma banda de grandes canções.

Num outro extremo de estilo do rock´n´roll, a também baiana Sangria faz um som impetuoso, sempre apresentando shows altos e nervosos, onde seus integrantes usam a música como válvula de escape para as suas inquietações. A banda nasceu em 2004 e é formada por remanescentes de bandas que fizeram história na resistente cena roqueira de Salvador, a exemplo da lendária Úteros em Fúria. Agressividade é a melhor palavra para resumir o som da Sangria, apresentada pela voz de Mauro e as guitarras que lembram Black Sabbath e The Stooges.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

Um beijo a mais, pra balançar



Crises, crises e mais... Crises. Drama? talvez. Romance? quem sabe... Ah... Comédia? Por que não? Vamos lá... Uma drámatica comédia romântica... Melhorou? "Um beijo a mais" (The last kiss) do diretor Tony Goldwyn (Alguém como você, 2001) traz as telas uma reafilmagem à la Hollywood do italiano "O último beijo" de Gabriele Muccino, lançado no mesmo ano em que o diretor estava discutindo a interessantíssima teoria sobre peculiaridades do processo de atração física entre a vaca e o touro e como isso se aplicaria ao casalsinho romântico de seu último movie.


Bom, voltando ao lance do beijo, na verdade, o filme tem muito mais crises existenciais e de relacionamentos, do que beijos proprimante ditos. Prestes a fazer 30 anos, com uma namorada perfeita grávida, uma sogra simpática, um sogrão terapeuta, um emprego estável e até um Toyota de 25 mil doláres, Michael (Zach Braff) vive aquela corriqueira rotina daqueles que se deram bem na vida. Aí você deve estar se perguntando... Mas qual o problema então? Acreditem.. Não ter problemas. Tudo planejado, certinho, politicamente correto. Sem surpresas ou acontecimentos inusitados. Diga-se de passagem, que até a gravidez de Jenna (Jacinda Barret) é brindada com champagne, é claro. Pena que não foi ao frezzer antes... Quer dizer, com tanta normalidade faz tempo que não se comemora nada.


Paralelo à isso, estão os velhos amigos de infância de Michael, cada qual com o seu conflito: um está casado, mas vive às turras com a mulher por conta de um filho récem-nascido, em meio a fraldas, mamadeiras e muito choro; outro é o completo perdido, do tipo: quem eu sou? de onde eu vim? pra onde eu vou? A única coisa que ele tem consciência é que foi abandonado por sua namorada. Ah, ele também quer fazer algo diferente, como sair de trailler e ir até a América do Sul, a velha fuga. E o último, faz o estilo bonitão, pegador, cada noite uma diferente. Casamento? Compromisso? na na ni na não...


O interessante da história, adaptada por Paul Haggis, o mesmo roteirista de "Crash - no limite"(2004) é a idéia de crise. Como se fosse preciso termos um problema, sermos atraídos, por aquilo que seria a solução, mas se transforma em perdição, e, como épilogo da saga, tirarmos uma lição disso tudo. Aliás Michael aprendeu bem a lição, ao dormir ao relento e esperar por dias o perdão de Jenna na porta de casa, ao ter caído em tentação com Kim (Rachel Bilson) uma adolescente universitária de 20 aninhos, que se achava a tal sex symbol do filme. Porém, no fim das contas esta, sempre acordava com o cara fugindo do seu quarto sem se despedir. Enfim, seduzir ajuda, mas é preciso conquistar.


"Um beijo a mais" mistura desde o êxtase da atração, à ternura do amor, até o pós-casamento, filhos e o que mais acompanha o ciclo, mostrando que diante de um mundo em constante ebulição estamos entrando em crise bem antes de nossos pais. Enquanto a mãe e o pai de Jenna vividos por Tom Wilkinson (Mentiras Sinceras, 2005) e Blythe Danner (Entrando numa fria maior ainda, 2005) passam por esse processo lá pra casa dos cinquenta, para a geração seguinte, antes dos 30, a vida já está tomando ares de rotina, que nos faz crer que nada melhor pode cair do céu ou surgir do nada. Perceber o que (re)vitaliza essa coisa que a gente chama de amor e usa em doses intensas para balançar a vida, é muito mais o que fazemos, do que as infinitas declarações que soltamos por aí. O que importa é a prática do eu "te amo" que você repetiu várias vezes durante o dia.

Diálogos engraçadinhos, um mocinho não tão galã assim, mas com um ótimo senso de humor, uma mocinha que parece inicialmente frágil, mas que por causa do tal último beijo faz o que qualquer mulher teria feito, ou pelo ou menos pensaria em fazer caso fosse traída, levada por uma trilha sonora deprê, porém reflexiva. Aliás, é um drama-comédia-romântica lembra? Rapazes, não mintam para suas namoradas. Garotas, se exigem sinceridade, estejam prontas para suportá-la. Não vão faltar cenas de choro, reconciliações, encontros consigo mesmo e coisas do gênero, no entanto, sempre vale a pena dar um beijo a mais.

Onde Assistir:

UCI Shopping Aeroclube - Sala 5

12:20; 14:45; 19:10; 22:00

Multiplex Iguatemi - Sala 12

11:10; 13:20; 15:30; 17:35; 19:45; 21:55; 00:05

cultura, você sabe o que é?


O que se entende por cultura? Está no Aurélio: “O complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições, das manifestações artísticas, intelectuais, etc. Transmitidos coletivamente e típicos de uma sociedade”.
Poderíamos simplificar e dizer que é o conjunto dos costumes e conhecimentos adquiridos por um grupo de pessoas e passados às outras pessoas, mas a definição dessa palavra vai além disso.
A cultura surgiu junto com o homem. Tudo o que ele faz ou simplesmente pensa, passa a fazer parte da sua cultura. Nos últimos 10 mil anos houve um aumento significativo da espécie humana e seu impacto no mundo também cresceu mais do que o de qualquer outro ser terrestre. Surgem a caça, a agricultura, os vilarejos, as cidades, impérios, o papel, a bússola, a matemática, a imprensa, as grandes revoluções. O homem passa a se interessar mais por seus ideais, se questionar e lutar. O século XX assistiu, a explosão do conhecimento, a produção em série, as grandes guerras e o mundo digital. Na globalização o homem se torna dependente da prisão por ele criada, o mundo moderno.
Existem povos com costumes muito estranhos – serão mesmo estranhos? Para eles não. Diferente, nem por isso errado. Os homens são diferentes, pensam e agem de maneiras diversas. Isso é cultura. Diversidade, abertura a novos conceitos e chance de compartilhar descobertas.Desenvolvimento cultural não é simplesmente freqüentar uma boa escola, é saber compreender outros seres humanos. É pensar no mundo como um todo e perceber que tudo esta interligado, saber apreciar uma ópera e também os rituais mágicos de uma tribo. Ser educado e inteligente sem se esquecer de olhar nos olhos do outro e dizer “Bom Dia!”.
Cultura não se compra, se conquista.

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Boas vindas

Sejam bem-vindos ao Café com Drops, um blog produzido por cinco colegas do curso de pós-graduação em Jornalismo Contemporâneo das Faculdades Jorge Amado. Nosso objetivo aqui é trazer um conteúdo opinativo e informativo sobre assuntos culturais da atualidade.

Não deixe de participar. Será um prazer interagir com os demais colegas da turma e com outros leitores que se deparem com nosso blog na tela do computador. Ah, não esqueçam de sugerir lançamentos que queiram ver comentados por aqui.

Até mais